quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Bienal 2012 - A iminência das poéticas

30ª Bienal de São Paulo – A iminência das poéticas
07 de setembro – 09 de dezembro
Pavilhão da Bienal – Parque do Ibirapuera – São Paulo - SP

A 30ª Bienal de São Paulo – A iminência das poéticas tem lugar, segundo sua curadoria, sob a força do significado de duas palavras: iminência e constelação.
Iminência - ou aquilo que está prestes a acontecer – é como o curador Luis Pérez-Oramas define o estar-se perante a obra de arte, o instante da relação entre o sujeito que está diante da obra e o devir da obra mesma em fato artístico.
Constelação – um grupo estelar unido por uma linha imaginária – é a forma que oferece unidade artística e conceitual a seu conjunto de cerca de 3 mil obras de 111 artistas de mais de 30 países.
Cada artista é exibido em sala dedicada a seus trabalhos, formando um labirinto a ser percorrido por todo o edifício. Foram selecionados não a partir de um tema que orientasse a mostra, mas de motivos, que funcionassem como aglutinadores e que propusessem questões, a fim de estabelecer não um discurso, mas uma estratégia discursiva.
          A constelação de obras desta edição não se restringe ao pavilhão de Oscar Niemeyer, mas estende-se pela capital paulista, ocupando outros espaços como, por exemplo, a Capela do Morumbi – edificação restaurada a partir de ruínas de taipa de pilão na antiga Fazenda do Morumbi – e a Casa de Vidro – residência de Lina Bo e Pietro Maria Bardi.
          Tem como destaque a obra de Arthur Bispo do Rosário, a quem é dedicada sala especial, com cerca de 300 peças, sob a curadoria de Wilson Lázaro.
          Chama a atenção, ainda, sua identidade visual, que se utilizará de 30 cartazes criados por 30 diferentes autores, a partir de outros conceitos estabelecidos para a mostra, tais como multiplicidade, alterformação, sobreviência e deriva.
          Assim, a esta Bienal, pode-se acrescentar uma palavra mais: contingência – ou aquilo que é possível, contudo, incerto –, uma vez que, pela escolha dos termos que a orientam, afasta de si qualquer referência a certezas e opta por apresentar-se publicamente em forma de indagação sobre o mundo dos homens e das artes, ainda que sua existência dê-se sob a necessidade do fazer artístico.