domingo, 19 de junho de 2011

Resenha: Julio Villani - It’s a Game

           It’s a Game intitula e explica o livro de Philippe Piguet e Michael Asbury sobre a obra do brasileiro radicado em Paris Julio Villani.
Piguet apresenta a obra do artista partindo de um de seus trabalhos, um bilboquê gigante, e explora os vínculos entre a obra de Villani e o brinquedo formado pela tríade bola, haste e fio. O próprio livro pode ser, ele também, tomado a partir do signo do brinquedo ou jogo, sendo fio que articula a obra e seu autor ao universo da arte, nas mãos de um espectador/leitor/jogador.
Divida em seções, a partir de determinadas séries de Villani – no livro –, a obra surge, ao folhear das páginas, como giros de bilboquê, constituindo-se de forma dinâmica diante do leitor, permitindo-lhe, ainda, a cada novo encaixe das peças, fazer uso não só do instrumento que tem em mãos, mas também de sua própria habilidade ao jogar, a fim de que, como nas palavras de Asbury, na Introdução, o livro funcione como um baralho que permita a cada tiragem novas interpretações do mesmo conjunto de cartas.
It’s a Game torna, assim, a obra de Villani um brinquedo portátil, visitável quando se queira, independendo da localização física da obra em galerias, museus ou ateliê do artista.

Julio Villani - It’s a Game
PIGUET, Philippe; ASBURY, Michael
Archibooks + Sauterau Editeur, Paris, 2010

in Revista Dasartes, nº 15, 2011.

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